Hoje estou homenageando dois monstros sagrados: Henri Matisse e Mário Quintana.
Matisse promoveu uma verdadeira revolução no mundo da pintura. Foi considerado o grande libertador das cores na pintura moderna e, um dos maiores pintores de todos os tempos.
Henri Matisse influenciou muitas escolas de vanguarda e, deixou sua marca indelével na pintura do século XX.
Mário Quintana foi um importante escritor, jornalista e poeta brasileiro, que se consagrou escrevendo sobre as coisas simples da vida. Para mim, Quintana é o gênio da simplicidade.
Trago aqui hoje a famosa “La Danza” de Henri Matisse, pintada em 1909, para ilustrar o poema “A Canção da Vida”, escrito por Quintana em 1980, como parte do livro “Esconderijos do Tempo”.
Acho que esses dois colossos têm tudo a ver um com o outro.
E, vocês, o que acham?
Henri Matisse
1909
A Canção da Vida
(Mário Quintana)
A vida é louca
a vida é uma sarabanda
é um corrupio…
A vida múltipla dá-se as mãos como um bando
de raparigas em flor
e está cantando
em torno a ti:
Como eu sou bela
amor!
Entra em mim, como em uma tela
de Renoir
enquanto é primavera,
enquanto o mundo
não poluir
o azul do ar!
Não vás ficar
não vás ficar
aí…
como um salso chorando
na beira do rio…
(Como a vida é bela! como a vida é louca!)